No último domingo, dia que
marcou o início da Semana Santa, o Fantástico, programa dominical da Rede
Globo, visitou locais relacionados à morte e ressurreição de Cristo e reacendeu
a polêmica sobre a autenticidade do Sudário de Turim, também chamado Santo
Sudário.
A reportagem do programa
esteve na Basílica do Santo Sepulcro, construída no lugar onde Jesus teria sido
crucificado e enterrado logo depois. No local teria existido uma colina, um
jardim e um cemitério, como é descrito na Bíblia.
Ao lado da porta de entrada
do templo uma escada leva até o gólgota, uma colina que ficava cerca de seis
metros mais acima, e hoje está encoberta pelas edificações do templo, é tida,
para a maioria dos cristãos, como lugar em que Jesus foi pregado na cruz. Todos
os dias, milhares de fieis sobem os degraus para conhecer o lugar. “É muito
difícil descrever a emoção que a gente sente. Só vindo aqui para sentir”,
observa a corretora de seguros Iedna Maria de Albuquerque.
Outro lugar mostrado pelos
repórteres como provável local da crucificação de Jesus fica a menos de um
quilômetro do templo. Saindo da cidade velha pela porta de Damasco, e entrando
no lado oriental de Jerusalém, está o Jardim da Tumba, lugar que também recebe
milhares de turistas.
O programa levantou também a
polêmica acerca do Sudário de Turim. Baseados nos estudos do historiador de
arte Thomas Wesselow, que recentemente afirmou que a ressurreição de Cristo foi uma ilusão de ótica, o Fantástico
levantou perguntas sobre a autenticidade da relíquia pertencente à Igreja
Católica. O Santo Sudário está estendido em um altar, dentro de uma longa caixa
lacrada que só pode ser aberta pelo arcebispo de Turim, com a autorização do
Vaticano.
Fonte de muita discussão e
polêmica, a relíquia é estudada há séculos e ainda suscita grandes discussões e
diversos novos estudos sobre sua autenticidade.
Os defensores da
autenticidade do Sudário destacam, entre outros argumentos, que a marca dos
pregos, mostrada no sudário, está nos pulsos, e não nas mãos, como aparece nas
pinturas. Se Cristo tivesse sido pregado pelas mãos, elas não aguentariam o
peso do corpo e se rasgariam. Outro sinal, de acordo com eles, seria o
ferimento provocado pela lança de um soldado romano, que é mencionado na
Bíblia.
Já os céticos afirmam que o
pano teria sido forjado. Eles a classificam como uma pintura barata, mal feita,
de um suposto homem ensanguentado.
Em 1988, quando a igreja
finalmente permitiu que fossem feitos testes de carbono 14, que permitem
apontar a idade de qualquer material de origem orgânica, três grandes
laboratórios concluíram que o Sudário é um artefato medieval, e teria sido
confeccionado entre 1260 e 1390. Os defensores do Sudário dizem que o teste de
carbono 14 pode ter falhado, porque a amostra examinada pelos cientistas teria
sido um remendo feito no Sudário na Idade Média.
“Tento explicar que ele é a
origem da crença na ressurreição de Cristo. E foi essa crença que deu início ao
cristianismo. Eu explico no livro que o nascimento da religião cristã vem da
percepção de um milagre. E atribuo essa crença ao extraordinário descobrimento
de uma imagem na roupa mortuária de Jesus”, afirma Wesselow.
Fonte: Gospel+
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