Confira a
entrevista na íntegra:
O senhor sempre
teve interesse na política"
Pastor Silas: Deixa eu falar uma coisa pra você:
aprendi que, como pastor, posso exercer uma influência, não ser político.
Jamais, não fui chamado para ser político, fui chamado para influenciar.
No Brasil há hoje um jogo muito engraçado em que humanistas podem opinar, ateístas,
anarquistas podem opinar, filósofos, operários, mas quando um pastor fala,
aquilo é religião. O que vejo hoje é uma tentativa preconceituosa de nos alijar
do processo democrático, como se nós não fossemos cidadãos. Sou cidadão
tanto quanto qualquer outro. Tenho direito a expressar minha opinião, porque
estou no estado democrático de direito e todo ser humano expressa suas
ideias com suas crenças e valores, sejam elas religiosas ou não. Quando o
camarada de um viés socialista fala, ele fala a partir das crenças
ideológicas que vem no bojo do seu pensamento. Você não descarta crenças e
valores de ninguém, sejam elas ideológicas, religiosas,
filosóficas. Então, vejo hoje uma tentativa até covarde de querer nos
comparar com fundamentalistas islâmicos" O que queremos para o Brasil
não é criar uma nação evangélica, o que queremos não é eliminar as outras
religiões, impedir as manifestações, mesmo discordando de algumas
atitudes, alguns comportamentos, que é direito previsto na democracia.
Unidade de opinião é ditadura de opinião, uma ditadura do consenso em que
todo mundo precisa pensar igual o politicamente correto, não é estado
democrático de direito.
A postura dos
líderes evangélicos não peca, muitas vezes, exatamente por
parecer radical, intolerante"