O
livro de Provérbios oferece o seguinte conselho sobre a importância do trabalho
esforçado: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus
caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no
estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até
quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco para dormir,
um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim
sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem
armado” (Provérbios 6:6-11).
O
escritor destas palavras de sabedoria olhava para uma das menores e mais
humildes criaturas para aprender o valor do trabalho. A formiga passa as curtas
semanas de sua vida trabalhando diligentemente e sem queixa. Diferente de
algumas pessoas que só trabalham quando são forçadas, a formiga continua sua
tarefa mesmo quando ninguém está observando. Diferente daqueles que preferem
dormir do que trabalhar, a formiga está continuamente ativa. Ela não se queixa
de que a tarefa seja muito dura ou que o pagamento seja muito baixo. Ela
trabalha porque este é seu papel na vida, determinado pelo Criador.
Desde
o princípio, nosso Criador teve intenção de que trabalhássemos. Alguns
interpretam Gênesis 3 incorretamente e concluem que o trabalho fosse
consequência do pecado do primeiro casal, mas não é o caso. Antes do pecado,
Deus já deu trabalho para o homem fazer(Gênesis 2:15). O trabalho sempre foi
uma responsabilidade humana, mas muitas pessoas negligenciam esta obrigação e
trazem sobre si sérias consequências. A preguiça normalmente leva à pobreza
(Provérbios 6:11). Conquanto haja tempos em que as pessoas trabalhadoras sofrem
necessidade (veja Filipenses 4:10:13; Atos 11:27-30), a preguiça é um bom
caminho para a miséria.
Homens
que respeitam a vontade de Deus trabalham para sustentar suas famílias. O
apóstolo Paulo disse: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1
Timóteo 5:8). Ele também ensinou sobre a importância de trabalho honesto para
poder ajudar outros: “... trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é
bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Efésios 4:28).
As
Escrituras não oferecem desculpas para as pessoas que recusam trabalhar. Paulo
disse que o preguiçoso precisava sofrer as consequências da sua negligência: “...
se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Tessalonicenses 3:10).
Paulo até ensinou que os cristãos devem separar-se dos irmãos preguiçosos que
recusam a se arrepender, assim claramente reprovando esta atitude pecaminosa (2
Tessalonicenses 3:6,14).
Mas
a Bíblia não somente ensina que o homem deve trabalhar, os motivos do seu
trabalho são importantes, também. Muitos trabalham para acumular riquezas e
satisfazer seus desejos egoístas e, desta maneira, desagradam a Deus. “Não
te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência. Porventura,
fitarás os olhos naquilo que não é nada? Pois, certamente, a riqueza fará para
si asas, como a águia que voa pelos céus” (Provérbios 23:4-5). A busca da
riqueza se torna um dos mais perigosos e fúteis empenhos humanos, violando o
ensinamento do nosso Criador: “Tendo sustento e com que nos vestir,
estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada,
e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens
na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e
alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com
muitas dores” (1 Timóteo 6:8-10). Devemos nos esforçar para agradar a Deus
e não para acumular riquezas ou satisfazer nossos próprios desejos egoístas
(João 6:27; Efésios 6:5-8; Mateus 6:24).
Todos
nós podemos aprender bastante observando os hábitos de trabalho das
formiguinhas, pois cumprem com diligência o papel determinado pelo seu Criador!
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