Seis
pessoas já morreram em consequência do HIV por parar de tomar a medicação
prescrita pelos médicos depois de terem sido "curados" por métodos
religiosos. A investigação ocorreu em Londres e foi feita por repórteres do Sky
News. Eles estavam disfarçados e foram acompanhar como funcionava o suposto
processo de cura.
Os
jornalistas, que fingiram possuir o vírus da Aids, tiveram água jogada no
rosto, enquanto um membro da igreja falava para o demônio sair de seu corpo.
Os
pastores, da Igreja Sinagoga das Nações, afirmam que o método garante 100% de
cura da doença. As sessões são realizadas uma vez por mês e os fiéis precisam
trazer a nota dos remédios para provar que tem a doença.
Rachel
Holmes, uma das pastoras, disse à repórter do Sky News que se os sintomas
persistissem era apenas porque o vírus estava saindo do corpo.
A
reportagem foi realizada com base em documentos que mostraram que pelo menos
seis pessoas já morreram no Reino Unido, pois pararam de tomar os medicamentos
para a Aids depois de tratamento feito em igrejas. No entanto, não existem
provas de que todos os que morreram frequentavam a igreja Sinagoga das Nações.
O
Departamento de Saúde está preocupado e afirma que a medicação para os
infectados pelo HIV é eficiente no combate à doença e que nenhum tipo de oração
ou ato religioso é capaz de curar nenhum indivíduo.
Um
porta-voz da igreja Sinagoga das Nações afirmou que eles não pedem para que
ninguém pare de tomar a medicação. “Não somos nós que curamos, mas sim Deus e
não existe doença que ele não possa curar. Os médicos tratam as doenças e não
há nada ruim em tomar remédios”, declarou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário