O princípio do amor
"Mulher, onde estão eles? Não
ficou ninguém para te condenar? Nem Eu tampouco te condeno. Vai e não peques
mais.”. (João 8.11)
Com estas palavras Jesus despediu uma mulher trazida até a Sua presença por fariseus e mestres da lei no pátio do Templo. Este encontro, registrado no capítulo oito de João, é fonte de muitas lições sobre uma espiritualidade fundamentada no Princípio do Amor, manifesto através de atos de compreensão e misericórdia.
Com estas palavras Jesus despediu uma mulher trazida até a Sua presença por fariseus e mestres da lei no pátio do Templo. Este encontro, registrado no capítulo oito de João, é fonte de muitas lições sobre uma espiritualidade fundamentada no Princípio do Amor, manifesto através de atos de compreensão e misericórdia.
Quando a mulher chegou até a presença
de Jesus, já estava sentenciada e praticamente executada. Os homens que a
levaram àquela situação queriam apenas usá-la para incriminar Jesus por Suas
próprias palavras. E como Ele age?
Primeiro, ignora a chegada dos religiosos, sempre tão prestigiados pela população em geral. É necessário que insistam muito para que Jesus dirija-lhes a palavra. É como se Ele estivesse dizendo que aquele tipo de pessoa não lhe atraía – hodiernamente, correspondem exatamente aos representantes eclesiásticos que nós mais tememos e veneramos, aqueles que têm o poder de arrastar e julgar os pecadores em praça pública - Jesus parecia estar mais interessado num desenho na areia.
Quando resolve quebrar o silêncio,
dirige-se aos religiosos e diz: "Quem de vocês estiver sem pecado, que
seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher" (v. xx) - e volta a
escrever no chão. Estas palavras invertem as posições. De algozes, os religiosos
passam a réus de suas próprias consciências, e começando pelos mais velhos até
os mais novos, todos, emudecidos, deixam o local. A espiritualidade do amor é
aquela que nos faz soltar as pedras, que nos faz voltar para dentro de nós
mesmos tomados pela consciência de que também precisamos de perdão e
restauração.
Num segundo momento lindíssimo desse texto, Jesus pergunta à mulher onde estavam os seus acusadores, e se alguém a havia condenado.
Vemos nestas questões um ato terapêutico profundo. Jesus se dirige a uma mulher que se sabia pecadora e pergunta-lhe onde estavam os puros que a condenavam e a julgavam. Onde estavam os perfeitos que, diferentemente dela, não cometiam pecados? A mulher responde que eles haviam-se ido embora sem condená-la.
Num segundo momento lindíssimo desse texto, Jesus pergunta à mulher onde estavam os seus acusadores, e se alguém a havia condenado.
Vemos nestas questões um ato terapêutico profundo. Jesus se dirige a uma mulher que se sabia pecadora e pergunta-lhe onde estavam os puros que a condenavam e a julgavam. Onde estavam os perfeitos que, diferentemente dela, não cometiam pecados? A mulher responde que eles haviam-se ido embora sem condená-la.
A resposta da pecadora era necessária
no processo da cura. Era necessário que ela dissesse com os seus próprios
lábios: "Não, ninguém me condenou", para ouvir, em seguida, de Jesus:
"Nem Eu tampouco te condeno. Vai e não peques mais".
É isso que o amor faz: dá novas oportunidades, estende a mão para curar a alma, a ferida, revela a semelhança de todos os homens em sua miserabilidade e carência da bendita e surpreendente misericórdia do Pai...
É isso que o amor faz: dá novas oportunidades, estende a mão para curar a alma, a ferida, revela a semelhança de todos os homens em sua miserabilidade e carência da bendita e surpreendente misericórdia do Pai...
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