Uma denúncia feita pelo
jornal holandês Handelsblad relata casos de castração impostos pela Igreja
Católica do país nos anos 1950, como forma de conter impulsos homossexuais em
meninos que estavam sob a tutela da igreja, em clínicas psiquiátricas ou
internatos.
Um dos garotos que teria tido
seu órgão genital amputado é Henk Heit House, que em 1956 foi levado para um
hospício da Igreja Católica e castrado, após ter sido denunciado à polícia por
suposta prostituição em uma instituição da igreja. Outras crianças que podem
ter sido submetidas às mesmas circunstâncias teriam sido vítimas de abusos
sexuais de padres católicos, afirma a reportagem.
Agora uma comissão
investigativa foi montada para avaliar outros casos. Porém, a comissão se negou
a revelar os casos possíveis de abusos de menores e castração de meninos com
tendências homossexuais alegando falta de provas. O jornal Handelsblad
desmentiu a afirmação da comissão, e apresentou uma documentação detalhada,
incluindo cartas da época, onde são denunciadas as histórias, que foram
consideradas “chocantes e comoventes”.
A conferência de bispos da
Holanda emitiu nota afirmando que as denúncias trazem à tona histórias
lamentáveis, “se de fato elas forem verdadeiras”. Segundo informações do
jornalista Paulo Lopes, o presidente da entidade que representa vítimas de
padres no país, Guido Klabbers, classificou como “puro horror” as histórias
reveladas pelo jornal.
Peter Nissen foi mais longe e
disse que a castração imposta como “ato de libertação” para crianças
supostamente com tendências homossexuais contradiz os princípios e a moralidade
da Igreja católica.
Fonte: Gospel+
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