Visita do papa selaria “fim
da excomunhão” do ex-presidente comunista.
Um boato começou a circular
entre blogs ateus no início do mês dando conta de uma possível volta de Fidel
Castro ao catolicismo.
A visita de Bento XVI a Cuba
e México acontecerá entre 23 e 29 de março e Fidel já tem uma audiência marcada
com o papa. A revista americana Newsweek e os jornais italianos La Stampa e La
Reppublica já reportaram essa possibilidade.
Com oitenta e cinco anos, o
debilitado líder da Revolução Cubana estaria preparando seu regresso à Igreja
Católica. Sua filha, Alina Fernandez, uma católica fervorosa,
declarou ao La Reppublica que por causa da saúde fragilizada, hoje o ex-ditador
comunista estaria “mais próximo à religião e a Deus”.
O Vaticano já confirmou que o
papa terá um encontro reservado com Fidel a pretende lhe conceder uma
bênção.
Frei Betto, conhecido líder
católico brasileiro e amigo de Fidel não acredita nessa
possibilidade. No livro Fidel e a Religião, escrito por ele em 1985, há um
relato que mostrariam Fidel como um agnóstico. “Alguns têm a fé religiosa,
outros a fé de outra espécie. Sempre fui um homem de fé, confiança e otimismo…
Infelizmente, os jesuítas não me imputaram uma formação verdadeiramente da fé
cristã”, declarou Fidel a Betto na ocasião.
Nos mais de 50 anos de
governo comunista liderado por Fidel e seu irmão, governo e Igreja nunca
estiveram do mesmo lado. Conta-se que por ordem de Che Guvara, padres e
pastores foram assassinados após a Revolução. Fidel chegou a “cancelar” o
feriado de Natal de 1969.
O ex-presidente de Cuba foi inclusive excomungado pelo papa João XIII, em 1962. Conforme o decreto “Contra Communismum”, emitido em 1949 pelo Papa Pio XII proibia católico de votar ou apoiar quaisquer candidatos, partidos ou governos comunistas.
Em 1991, ocorreu na ilha uma reforma do Partido Comunista, e as igrejas passaram a ter um pouco mais de liberdade. Os religiosos antes eram proibidos de assumir posições no governo e cessaram as proibições que os impediam de ter acesso a mais educação formal e melhores emprego. Dois anos atrás, a decisão de libertar dezenas de prisioneiros políticos teria sido resultado de um “acordo” entre Raúl Castro, irmão de Fidel e atual presidente, e Jaime Ortega y Alamino arcebispo de Havana.
O ex-presidente de Cuba foi inclusive excomungado pelo papa João XIII, em 1962. Conforme o decreto “Contra Communismum”, emitido em 1949 pelo Papa Pio XII proibia católico de votar ou apoiar quaisquer candidatos, partidos ou governos comunistas.
Em 1991, ocorreu na ilha uma reforma do Partido Comunista, e as igrejas passaram a ter um pouco mais de liberdade. Os religiosos antes eram proibidos de assumir posições no governo e cessaram as proibições que os impediam de ter acesso a mais educação formal e melhores emprego. Dois anos atrás, a decisão de libertar dezenas de prisioneiros políticos teria sido resultado de um “acordo” entre Raúl Castro, irmão de Fidel e atual presidente, e Jaime Ortega y Alamino arcebispo de Havana.
Recentemente ficou claro que há mais liberdade religiosa em Cuba. Com
cultos cristãos voltando a ser feitos em locais públicos. O governo também
passou a permitir que a Igreja Católica pudesse desenvolver sites e publicações
eletrônicas, algo antes inviável num país que censura tanto a internet.
Embora a questão da
“conversão” ou “readmissão” de Fidel ao cristianismo ainda esteja envolvida em
muita especulação, uma fonte anônima disse ao The Daily Beast que
arrependimento, confissão, absolvição serão os temas do encontro entre Castro e
o papa.
O Vaticano afirma que a ida
de Bento XVI à ilha tem como objetivo apoiar a Igreja Católica cubana. A
última visita de um papa a Cuba foi com João Paulo II, em 1998.
Traduzido e adaptado de The
Daily Beast e Christian Post
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