Muçulmanos matam mais de 200
cristãos em guerra santa.
Abubakar Shekau, líder da
seita islâmica Boko Haram disse recentemente que seu objetivo era
exterminar todos os cristãos da Nigéria. Chegou, inclusive, a
desafiar o presidente Jonathan Goodluck, afirmando que ele não tinha poder para
evitar a insurgência do grupo. O presidente tem sido severamente
criticado por não conseguir parar a onda de terror do grupo e há crescentes
boatos que o grupo está infiltrado na polícia, militares e em todas as áreas do
governo.
A “Boko Haram” que na língua
Hausa significa “a educação ocidental é pecado” foi formada em 2002, e tem sua
inspiração nos Talibãs do Afeganistão. Eles têm cometido constantes
assassinatos de cristãos na região norte do país, de maioria muçulmana. Seu
objetivo é implantar a sharia (lei islâmica) como regra acima da própria
Constituição.
Na última semana, os ataques
já deixaram mais de 200 mortos e deve aumentar, uma vez que há dezenas de
pessoas gravemente feridas nos hospitais. Nem a Polícia nem a Cruz Vermelha
puderam divulgar números de maneira oficial, pois continuam recolhendo e
organizando dados. Nesta segunda-feira, policiais encontraram carros e vans
cheios de explosivos na cidade de Kano, três dias depois que a seita islâmica
realizou um ataque mortal no local.
Embora tenha se divulgado que
os ataques na sua maioria foram contra a polícia militar e o governo, a verdade
é que seus alvos principais são os cristãos. Além de matar homens, mulheres e
crianças, eles têm queimado igrejas. A seita culpa os que não são muçulmanos de
amaldiçoarem o país.
Em um vídeo postado no
Youtube recentemente, o líder da Boko Haram justificou os atos do seu grupo
“Essa catástrofe é causada pela incredulidade, a agitação é a incredulidade, a
injustiça é a incredulidade, a democracia é a incredulidade e a constituição é
a incredulidade.”
Vários membros do grupo
extremista morreram ou foram presos nos confrontos com a polícia, mas isso não
diminuiu seu furor. Com mais de 150 milhões de habitantes, a Nigéria é o
país mais populoso da África. Formado por mais de 200 grupos tribais, sua
população sofre tensões constantes por suas diferenças políticas e territoriais.
Mas não há registro de um conflito religioso que deixou tantos mortos em tão
pouco tempo.
A expectativa é que o número
de cristãos mortos e igrejas incendiadas só aumentem. Há registros de agências
internacionais que uma grande quantidade de cristãos está abandonando suas
casas no norte e rumando para o sul tentando preservar suas vidas.
Com informações REUTERS
Nenhum comentário:
Postar um comentário