domingo, 26 de julho de 2015

A ESTRUTURA DO SER HUMANO


A ESTRUTURA DO SER HUMANO
O homem é um organismo psicofísico de corpo e alma, em perfeita unidade e complementaridade.
Alma e corpo se apresentam como duas substâncias independentes, porém, formando uma unidade. A alma é imortal ao passo que o corpo é corruptível, embora destinado à ressurreição. Entre corpo e alma existe uma dualidade perfeita, ao contrário do dualismo maniqueísta que coloca o corpo como cárcere da alma.
A visão perfeita da estrutura do ser humano nos apresenta são Tomás de Aquino. Ele diz que a alma é a forma do corpo, podendo subsistir sem a matéria corporal, pois mantém sua operação intelectiva aprendida mediante a operação sensorial.
SOBRE A ESPIRITUALIDADE E IMORTALIDADE DA ALMA
Os documentos do Magistério da Igreja afirmam que a alma é espiritual, fazendo da espiritualidade a fundamentação racional para a afirmação da imortalidade. Se a alma é espiritual, não pode ser corrompida, pois sendo espírito dotado de existência própria e independente da matéria, não se extingue com a corrupção do corpo. A Revelação não apresente profundamente o caráter natural ou sobrenatural da imortalidade da alma, pois a Escritura considera toda a vida do ser em relação à Deus.

O HOMEM E A MULHER
Segundo o dogma da criação, Deus criou o homem e a mulher à sua “imagem e semelhança”, com aptidão para a vida na graça e deu-lhes a missão de perpetuar a espécie, através de sua sexualidade, embasados no amor, que ultrapassa o plano carnal e exprime uma vinculação e complementação profunda dos dois.
Homem e mulher são seres idênticos e complementares: idênticos quanto à natureza, e complementares quanto às particularidades físicas e psicológicas. Realizam-se humanamente e santificam-se mutuamente dentro da Lei Moral.
Têm igual dignidade, embora no Antigo Testamento a mulher tenha sua participação limitada na sociedade. Porém, no Novo Testamento, essa situação muda, principalmente por causa da participação de Maria.
Dentro dessa igualdade, a sexualidade humana é orientada para o matrimônio monogâmico indissolúvel, destinado à complementação mútua e à procriação da espécie, sendo no Novo Testamento elevado, por Cristo, à categoria de Sacramento.
TRANSFORMISMO, POLIGENISMO, MONOGENISMO
O Magistério da Igreja não nega o evolucionismo ou transformismo. Admite-o, desde que a partir de um criacionismo. A Sagrada Escritura acena essa possibilidade quando diz que Deus modelou o homem a partir do barro. O que se deve levar em consideração é que Deus é o Criador imediato da alma espiritual e imortal em cada homem.
A criação do homem é diferente dos outros seres porque ele é portador da “imagem de Deus”, enquanto os demais seres se reproduzem sozinhos, de maneira natural, o homem necessita que Deus crie sua alma e infunda-a em seu corpo, fato que acredita-se acontecer no momento da concepção, já que a vida do ser humano se inicia neste momento, conforme a própria ciência demonstra.
Propõe-se também a hipótese do poligenismo, que seria o aparecimento de diversos casais de um mesmo tronco originários. Esse sistema é contrário à doutrina do pecado original universal e contrário à unidade da História da Salvação. Mas também não é totalmente descartável, e pode, pelos menos, ser aceitável, levando-se em consideração o nome de Adão, “homem”, como gênero humano.
O monogenismo, um só casal de um mesmo tronco originário, parece ser o mais provável, e está em conformidade com a Sagrada Escritura. Essa hipótese não contraria o evolucionismo e nem o criacionismo.
A JUSTIÇA ORIGINAL
O homem perdeu a justiça original quando cometeu o pecado original. Para reconquistar esse estado foi necessária a redenção oferecida gratuitamente por Deus. Embora o homem recupere esse estado original no Batismo, as conseqüências do pecado original continuam a existir.
A QUEDA
A doutrina do pecado original é muito importante para a fé. Deve-se distinguir entre o pecado das origens e o estado de pecado que nasce cada ser humano. A humanidade vive mergulhada num caos tão grande, que deve ter havido algum acontecimento que o tenha causado, mesmo que alguns escritores digam que o relato do pecado original seja apenas simbólico. De qualquer modo, o relato não foi inventado. Foi apresentado como “o tipo” do pecado humano, onde teria o homem começado utilizar a liberdade para se tornar autônomo a Deus.
Deste modo, com o pecado de um, todos pecaram. E a participação dos descendentes no pecado de Adão se dá pela “solidariedade” universal dos homens com o responsável pela instalação do mal no mundo: o próprio homem.
Postado por Pr. Antonio Fortunato



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