A pressão continua aumentando
para que o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) renuncie à presidência da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Hoje à tarde, ocorreram mais
manifestações na plenária e a sessão da Comissão foi conturbada. Feliciano
apenas abriu a reunião. Acabou saindo após cerca de oito minutos, após vaias,
protestos e faixas de integrantes de movimentos LGBT que furaram a segurança da
Câmara. Aparentemente, o único deputado a apoiar Feliciano é Jair Bolsonaro
(PP-RJ), que inclusive discutiu com os manifestantes.
Por causa disso e do vídeo
divulgado pelo pastor, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), chamou o líder do PSC, André Moura (SE), para insistir que o
partido substitua Feliciano por outro nome.
O líder do PSC garantiu a
Henrique Alves que iria conversar com Feliciano sobre a possibilidade de ele
deixar o comando da comissão.
“Vamos conversar com o pastor e
fazer uma avaliação das manifestações externas e das ponderações do presidente
da Casa”, disse.
Alves cobrou uma “solução
respeitosa” para o caso, lembrando que era “preciso maturidade e
responsabilidade”. Ressaltou que o PSC resolva a questão nos próximos dias.
“Foi o apelo que fiz ao líder, eles entenderam que há necessidade de uma
solução que satisfaça todos os lados.”
Depois, o presidente disse à
imprensa: “Vamos encontrar uma solução que permita o bom andamento para os
trabalhos desta Casa e a solução sai hoje”. Ao comentar com algumas pessoas que
Feliciano “ainda” não havia renunciado ao posto, vários jornais deram a
informação que isso deveria acontecer hoje.
Todas as sessões em que
Feliciano foi presidente, houve tumulto, bate-boca e protestos. Mesmo assim, o
deputado não pretende entregar o cargo. Procurado pelo Gospel Prime, o pastor
resumiu-se a dizer que o que existe são boatos e que ele não vai renunciar.
Capitaneados por Jean Wyllys,
alguns deputados lançaram hoje uma frente parlamentar para rivalizar com a
comissão em debates sobre a questão dos direitos humanos.
Segundo a coluna Radar, da
VEJA, Marco Feliciano está em rota de colisão até com o seu próprio partido.
Como lhe é peculiar, disse uma frase contraditória “O partido é soberano, mas
eu não renuncio. Não renuncio”.
Aliados argumentam que uma
desistência significaria uma concessão aos grupos rivais. Outros sugeriram que
ele fosse retirado da função, mas essa medida não tem previsão regimental.
Legalmente, Feliciano tem mandato de um ano à frente da comissão.
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