domingo, 18 de novembro de 2012

A Família e as Relações Vinculares – Parte 2 Efésios 6:4


A Família e as Relações Vinculares – Parte 2
Efésios 6:4

Introdução:
Na primeira mensagem dessa série falamos acerca do ser humano, do que lhe é específico e do estudo objetivo das relações que se estabelecem, consciente ou inconscientemente, entre pessoas que vivem numa comunidade ou num grupo social, ou entre grupos sociais diferentes que vivem no seio de uma sociedade mais ampla; focando atentamente o olhar quanto ao comportamento dos pais, na geração/criação dos vínculos na vida dos(as) filhos(as). Ao definirmos a família com o sendo a unidade básica da sociedade; formada por indivíduos com “ancestrais em comum” ou “ligados por laços afetivos”, capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações, falamos sobre os “laços afetivos” que são manifestados através das emoções, sentimentos, acompanhados de prazer, satisfação, agrado e alegria. E, nesta relação entre pais e filhos, dissemos que “A) Os vínculos gerados dentro da família, principalmente com os pais, vai internalizar nos filhos fatores que vão influenciar a formação da personalidade da criança e suas ações futuras”.
RELAÇÕES VINCULARES – II
Hoje daremos sequencia à importante preocupação paulina com o modo como os pais devem exercer o sacerdócio paterno sobre os filhos, a fim de instruí-los na disciplina e na admoestação do Senhor (Ef 6:4), frente à instrução “não provoqueis a ira a vossos filhos”. Para evitar a geração de vínculos deficitários que vão trazer bloqueios geradores de impedimentos nas diversas áreas e nas diferentes etapas da vida dos filhos, chamamos a atenção para o fato de que: B) A construção dos vínculos familiares e autonomia progressiva são de suma importância aos filhos. Portanto, os pais não devem provocar rupturas bruscas (amamentação, introdução em espaços educacionais, introdução no mundo pós-moderno e etc.), se isso correr, a criança poderá experimenta a separação dos pais biológicos como se acarretasse a morte das duas, ou a impossibilidade de sobrevivência de uma delas. Deve se evitar se dirigir aos filhos com atribuições negativas ou demonstrar rejeição a eles. Os pais não podem projetar nos filhos o fracasso familiar (no exercício dos papéis de pai e mãe). Deve se promover no seio da família momentos de diálogos, em que a criança tenha oportunidade de se expressar. A criança que tem reprimido seus pensamentos e idéias, a repressão gera bloqueio no aprendizado. Se em casa não pode se expressar, crescer, ser autônoma como um indivíduo com características próprias, pra que desenvolver essas habilidade na escola ou na sociedade? O ideal é o estimular do diálogo, da troca de informações, dos momentos lúdicos nos quais as crianças vão desenvolver suas habilidades criativas. Se os vínculos se desenvolverem de forma natural, a criança manterá uma relação harmoniosa com a família, com ele mesmo e com a sociedade. Ela vai encontrar em seus referenciais (a família) motivação para os enfrentamentos diários e, terá possibilidade de se relacionar bem tanto com outras pessoas quanto com novos aprendizados.

David Cooper (psiquiatra sul-africano) assinala que o tipo de organização familiar atual torna seus membros anônimos (a pessoa faz parte de uma família, mas é como se não fizesse). Do outro extremo, observa Lacan (psicanalista francês) que do sujeito definido exclusivamente pela família, fica somente o nome escrito na lápide, e não constrói sua história. Concordando e reafirmando Lacan, Mannoni (psicanalista francesa) afirma que ”os pais inconscientemente deixam a seu filho a carga de refazer sua história, mas refazê-la de tal maneira que nada deveria mudar, apesar de tudo. O paradoxo em que a criança está presa produz logo efeitos violentos; com efeito, raramente há oportunidade de que a criança se realize em seu próprio nome”.

CONCLUSÃO:
Pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas, criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Ef 6.4). Antes de qualquer instrução teórica deve vir à prática de vida de forma exemplar para que os filhos possam acolher a admoestação do Senhor e viver de forma disciplinada,  dignificando o bom nome da sua família, sendo canal de benção de Deus para a igreja e a sociedade.

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