A agora evangélica cantora Baby
Consuelo diz que sempre foi espiritual, mesmo quando integrava o grupo de
música popular brasileira Novos Baianos e usava cabelos coloridos e roupas
extravagantes. Convertida à fé evangélica no anos 1990, ela chegou a fundar a
própria igreja, o Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome do Senhor Jesus
Cristo. Desde então, lançou três CDs gospel.
Com um show agendado para o final do
mês no Rio de Janeiro, Baby contará coma direção musical de seu filho Pedro
Baby, guitarrista e violonista de artistas como Marisa Monte e Gal Costa.
Sobre sua aparente semelhança com a
cantora norte-americana Lady Gaga, ela vê divergências e diz que ora pela pop
star. “Ela cai para um lado mais grotesco, pesado, que nunca foi a minha.
Quando soube, procurei e vi umas imagens dela numa cama cheia de cobras… Fiquei
com uma pena danada. Fico preocupada com essa menina, oro sempre por ela.
Sério!”, disse ela ao jornal O Globo.
Baby acredita que suas atuais canções
de conteúdo cristão possuem semelhanças às que fazia em seu período antes da
conversão. “Sempre fui muito espiritual. Quando fui para a Bahia, aos 16 anos,
foi um chamado de Deus. E hoje vejo que todas as minhas canções espirituais têm
relação com o cristianismo. Citando canções como “Telúrica” e “Sem pecado e sem
juízo”.
Sobre sua trajetória pessoal e
artística, ela diz que andou por caminhos variados. “Segui vários caminhos, mas
nada me agrada mais do que estar com a diretoria, com ‘Papai’. Não quero mais
saber de recepcionista — diz a cantora, em ótima forma vocal. — Não bebo, não
fumo, me cuido. De tudo que experimentei, a melhor onda é a do Espírito Santo”.
O grupo Novos Baianos surgiram nos anos 1970, exatamente quando a contracultura
e as drogas se popularizaram entre os jovens hippies.
O repertório do show possui músicas
escolhidas por Pedro Baby consideradas “canções espirituais” pré-gospel. Entre
elas, “Minha oração”, gravada em 1980, o sucesso “Menino do Rio”, que Caetano
fez especialmente para ela, “Sem pecado e sem juízo”, “Todo dia era dia de
índio”, e “Masculino e feminino”, que ela fez para Pepeu Gomes.
A cantora ressalta que pretende “fazer
o seu melhor” no show. Já sobre a possibilidade de um CD nascer da
apresentação, Pedro Baby diz que “só Deus sabe”.
Além do show engatilhado, um
documentário denominado “Apopcalipse segundo Baby” está sendo preparado pelo
diretor Rafael Saar.
Por Jussara Teixeira para o Gospel+
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