O pré-candidato do PT a
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é acompanhado de perto por líderes
evangélicos desde que era Ministro da Educação e propôs o polêmico chamado “kit
anti-homofobia” ou “kit gay”, que seria distribuído em 6.000 escolas públicas
de todo o país.
Agora, ele tem tentado
reverter esse estigma fazendo reuniões com pastores para tentar reduzir
resistências e se aproximar deles, informa a Folha de São Paulo. Os encontros
ocorreriam duas vezes por semana, em bairros da periferia e não são divulgados
em sua agenda pública.
Desde que Marcelo
Crivella foi empossado como Ministro da Pesca tem sido dito que era uma
manobra do governo federal para diminuir a rejeição a Haddad por parte dos
evangélicos. Crivella inclusive defendeu o ex-ministro da
Educação durante uma visita a duas colônias de pescadores na ilha de
Madeira, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Na última segunda-feira, no
bairro Guaianases, zona leste da capital paulista, cerca de 40 pastores estavam
reunidos para ouvir Haddad explicar que desconhecia o teor do “kit gay”. O
material vazou antes de ser aprovado e não chegou a ser distribuído a crianças
e adolescentes.
Os congressistas da bancada
evangélica alertavam que o kit iria estimular o homossexualismo, algo negado
pelo ministério e pela ONG que o produziu.
Destinado originalmente a
alunos e professores do ensino médio, nível em que estão alunos que têm entre
14 e 18 anos de idade, o material conteria vídeos que tratavam explicitamente
de questões como transsexualidade, bissexualidade e relações entre gays e
lésbicas. A polêmica tomou conta e o material teve sua distribuição vetada pela
presidente Dilma Rousseff.
“Ele disse que entendeu que
aquilo não era adequado e mandou suspender a distribuição dos kits. (Haddad)
disse que a Dilma entendeu que não era hora de soltar aquilo (o kit)”, defende
o pastor Marçal Borges, da Comunidade A Palavra de Deus, que garantiu o apoio
da sua igreja ao candidato.
A reunião ocorreu nas
dependências da igreja e uniu lideranças da região, entre elas religiosas.
Compareceram vereadores locais, entre eles o deputado estadual Luiz Moura (PT).
Foi divulgado que antes da reunião, Haddad conversou com o pastor Marçal Borges, que o questionou sobre o kit anti-homofobia, pois, o tema seria determinante para a comunidade apoiar o petista.
Foi divulgado que antes da reunião, Haddad conversou com o pastor Marçal Borges, que o questionou sobre o kit anti-homofobia, pois, o tema seria determinante para a comunidade apoiar o petista.
Haddad também tem focado sua
agenda em reunião com líderes católicos. Segundo ele, muitas lideranças se
sentem usadas na atual gestão e não querem mais fazer parte de um “jogo menor”.
Mas nem todos os setores
evangélicos acreditam na mudança de postura de Haddad. O pastor Silas
Malafaia também usou o Twitter em março para para comentar a nomeação de Marcelo
Crivella e afirmou “ Não adianta colocar evangélico no Ministério. Não
vamos dar refresco ao Haddad em São Paulo com o kit gay”.
Fonte: Gospel Prime
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